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#NOMEUCONSULTORIO 2 – EU NÃO TENHO MEDO DE AMAR



E há quem diga que eu não seja psicólogo vocês acreditam?

Pois é, nem eu.

Eu não tenho medo de amar, quem disse isso?

O assunto hoje de maneira alguma pode ser generalizado, mas que a grande maioria pensa e age assim, isso é verdade, talvez inconscientemente mas se parar e pensar vai ver que é isso mesmo.

Segundo alguns psicólogos, as massas, talvez machistas , o machistas é por minha conta e risco, incrustaram que relacionamentos homoafetivos são conjuntos de atrações puramente sexuais, que não passam de uma prática sexual ou até um estilo de vida no qual a sexualidade é o mais importante, senão o único vetor.

Engana-se quem pensa isso, só quem passa por esta transição, sabe a batalha interna que vivemos, é uma guerra constante com nossos valores e criação a que fomos impostos e por mais “liberal e aberta” que seja a família, quando a pedra cai no seu telhado, a coisa muda de figura.

Muitos gays reclamam que seus relacionamentos não duram ou não dão certo e sempre com as mesmas desculpas: Relacionamento gay não dura ou relacionamento gay é só sexo.

Talvez consciente ou ate inconscientemente você esteja se boicotando, se deixando afetar pelo que acontece de modo geral, sim não vamos dizer que isso não existe, o sexo por sexo existe sim, entre gays e héteros também, mas no mundo hétero talvez não seja tão aberto, afinal com tantos aplicativos para você escolher uma bunda ou um pau, é como se você fosse em um dia de compras ao supermercado.

Não, não estou condenando quem usa aplicativos e faz sexo por sexo, o que quero dizer é que você não pode deixar essa realidade afetar ou ser o parâmetro de relacionamento homoafetivo, existem muitos casais que estão a muitos anos juntos e tem uma vida cotidiana normal sem as ditas “dificuldades do mundo gay”.

Claro que é muito mais cômodo colocar a culpa nos velhos chavões como “relacionamento gays não duram mesmo “, ou outros que existem por aí vagando e atormentando quem não está predisposto a mudanças do que se olhar internamente e se perguntar: “Onde estou errando, ou onde estamos errando”?

Talvez por ser tudo muito novo, sim vamos assumir que é sim, toda esta liberdade é nova sim, talvez por isso não tenhamos tantos exemplos abertos ao mundo de relacionamentos duradouros, mas se você procurar vai achar sim, aliás vai achar casais homoafetivos com quase 50 anos juntos, sim, quase bodas de ouro, faça as contas para trás para ver quando isso começou, você nem era nascido, e claro que era de uma forma velada e escondida ou discreta demais mas o AMOR sempre existiu.

Então antes de culpar a sociedade ou o comportamento gay pelo término do seu relacionamento, faça uma auto análise, observe casais duradouros, sente com seu companheiro e conversem, vejam o que está acontecendo, o que deve ser mudado, pois assim como em qualquer outro tipo de relação, para dar certo ambas as partes precisam ceder em algumas coisas e se adaptar a outras afinal, no fim somos todos seres humanos e AMOR não tem sexo.

Você pode sim ter um relacionamento homoafetivo duradouro, pode sim ter uma família e seguir até que a morte os separe .

Viu, e dizem ainda por aí que eu não sou psicólogo!

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