#NOMEUCONSULTÓRIO – 3 Relacionamento. Quão confusos são?

E há quem diga que eu não seja psicólogo vocês acreditam?
Pois é, nem eu.

Me re analisando, sim, e não canso de fazer isso afinal logo eu que sou tão cheio de porquês, preciso responder os meus.
Relacionamentos que vão e que vem, mas vou pensar só nos mais duradouros e mais importantes.
Não. Não vou citar nomes porque senão muita gente pode ficar magoado. As pessoas andam tão sensíveis que já não se pode dizer mais nada.
Nós amamos muito, gostamos das mesmas coisas passamos um longo tempo como se vivíamos uma relação quase simbiótica, e vivíamos, acredito eu, mas aí aos poucos esta vivência começa a dar lugar a uma convivência amarga, e não mais tão prazerosa, onde por pouca coisa perdemos a paciência, a desconfiança toma conta e consequentemente o ciúmes vem mais à tona do que nunca, em algumas ocasiões nos sentimos sufocados, abandonados, excluídos do próprio mundo do outro, e isso tudo aí acima eu já ouvi do outro.
Klecius Borges ( escritor e psicólogo) em um determinado caso citou que: “ muitas vezes este tipo de comportamento pode estar associado aos mitos familiares e culturais aos quais fomos criados”.
Pensando nesta linha minha auto análise pode chegar à conclusão de que criado como homem hétero, provedor de família na sociedade machista em que vivemos, as obrigações sempre foram do ativo da relação, onde você quem tem que decidir, você quem tem que resolver, você quem tem que fazer as coisas acontecerem, em hipótese alguma estou colocando aqui as mulheres como submissas, mas esta é a criação que temos.

Claro que existem casais héteros onde fica bem claro que o ativo da relação é a mulher, mas enfim, penso que talvez por isso, agora em relacionamentos homossexuais eu seja tão eu, tão dono de mim.

Relembrando alguns casos, lembro perfeitamente de em uma determinada vez eu dizer assim:
Eu: Onde vamos?
Ele: Você escolhe.
Eu: Escolhe você porque para mim qualquer lugar está bom.
Ele: Não gato escolhe você.
Eu: Em ”tal” lugar.
Ele: Ah, mas lá…
Eu: Porra…, eu não pedi para você escolher? Justamente por causa destas tuas restrições?
Bom, o resto já imaginam né? Brigamos e voltamos pra casa.
Em várias situações já me peguei assim, “cedendo”, mas parece que a minha agitação, personalidade forte acaba se impondo e o outro, talvez sem perceber cedendo, mas uma hora isso cansa, e eu me conheço, eles cansam antes de mim.
Uma vez saí com um cara, fomos a um café, ficamos conversando por umas quatro horas, sim, ele tem um papo muito bom, mas até então só eu falava, parecia que tudo ia bem, Será que tinha um novo namorado ?
Que nada, no final da conversa, eu o questionei porque ele estava tão quieto e me observando tanto.
Sabem a resposta?

*Você me olha tão fundo nos meus olhos quando fala comigo que eu me sinto nu.
 *Você tem uma personalidade muito forte.
*Tudo que você fala tem uma convicção tão grande que até agora, quando você disse para eu falar eu não sei o que dizer pois até esta tua brecha é muito convicta, tenho medo de você!!!
Olhei bem pra ele e disse: Eu gostaria muito de alguém que quando fala comigo me olha nos olhos, também de alguém que tenha personalidade e não seja uma marionete na mão do outro, que ajude a escolher e decidir as coisas, quanto a minha convicção… sou o que sou, como sou e quem sou, se pra vc algo é verde e para mim branco, ok cada um com a sua escolha e certeza.

Mas esqueci de perguntar medo do que.
Fui criado de uma forma que hoje tenho a personalidade forte, olho nos olhos quando falo com alguém e sou sempre muito convicto em tudo que falo.
Que bom?
Que nada, neste caso foi uma merda, não aconteceu nada. Hoje convivemos, quem sabe assim ele me veja menos perigoso.
A grande verdade é que nunca teremos explicações para todos os porquês, reconheço que talvez precise ser menos ativo mas não tem como anular uma essência já moldada, acho que num próximo relacionamento vou praticar a mudança nas minhas atitudes psicológicas e assim ver se o outro faz a mesma coisa.
Do jeito que as coisas andam, capaz de encontrar um que gostaria que eu fosse totalmente ativo, e aí? Será que vou dar conta ou vou acabar o papel contrário? Enfim, relacionamentos requerem paciência, diálogo, mudanças e adaptações, não são os opostos que se atraem não são os dispostos.

Viu, e dizem ainda por aí que eu não sou psicólogo!

{{ reviewsTotal }}{{ options.labels.singularReviewCountLabel }}
{{ reviewsTotal }}{{ options.labels.pluralReviewCountLabel }}
{{ options.labels.newReviewButton }}
{{ userData.canReview.message }}
plugins premium WordPress

você tem mais de 18 anos?

*Confira se o computador não é compartilhado com menores de idade.