#NO MEU CONSULTÓRIO 4 - Não consigo ser fiel sexualmente

 

E há quem diga que eu não seja psicólogo vocês acreditam?

Pois é, nem eu.

Não tenho dúvidas sobre o que sinto pelo meu companheiro, amo ele e tenho certeza disso, tudo com ele é bom e perfeito, é gratificante, mas não consigo ser fiel sexualmente com ele. Assim, Cesar inicia a sua consulta.

Quem já não ouviu isso de um amigo? Ou quem já não viveu ou vive isso?

Não estou aqui para julgar ninguém, mesmo porque alguns ex meus vão dizer que eu sou assim, mas para acusar precisam provar e levantar suspeitas é fácil, mas enfim voltemos ao tema. 

Complicado isso tudo, e conheço sim gente assim e sei das angústias que vivem, pois depois do sexo feito, cai num baixo astral e num sentimento de culpa que não é fácil segurar.

Não vamos ser hipócritas e cruéis e julgar as pessoas dizendo que é safadeza pura, vamos primeiro olhar nosso passado, ou nosso presente e tem o futuro que ainda nem sabemos.

Quantos já passaram por isso ou já quiseram passar e não tiveram coragem?

Não estou dizendo nem que isso é um ato de coragem nem de bravura, mas talvez uma fraqueza psicológica carnal?

Senhores psicólogos, existe isso?

Somos criados em uma cultura onde o casamento monogâmico é o dito modelo certo, e isso independe de ser gay ou hétero, e essa não exclusividade sexual traz várias penalidades como divórcio ou fim de um relacionamento.

Sabemos que este modelo não é muito fácil de ser seguido, sejam homens e mulheres héteros ou gays. Estou falando de comportamento humano.

Sem defender opções sexuais, não vamos esquecer que tanto na nossa natureza biológica quanto cultural existe um incentivo de vivência muito grande à sexualidade, estou falando do homem, de testosterona e já disse aí em algum texto que até o gay afeminado tem testosterona à flor da pele, pois bem, imagine essa vivência no mundo gay, estou frisando a vivência gay porque Cesar é casado com Augusto, no mundo gay de “certa forma” a vivência sexual é menos associada aos vínculos afetivos e relacionamentos, sem contar ainda que nos relacionamentos gays não corremos o risco de uma gravidez indesejada, nem a expectativa de um tradicional casamento que na verdade tem acontecido aos montes, que naturalmente faz com que nossos encontros casuais e o descompromisso seja até visto como natural, claro que existem muitos gays que não são assim, por favor, não se ofendam, não estou generalizando.

Com a facilidade que temos hoje nos meios urbanos esta prática casual ficou muito fácil, encontros puramente sexuais são uma prática quase que diária de algumas pessoas e quem sou eu para dizer se isto é certo ou errado?

A questão é que, quem vive este dilema tem duas opções, na minha opinião:

Sentar com seu companheiro e expor esta fraqueza sexual e juntos verem o que pode ser feito, sim, pois o combinado não sai caro, e existem muitos casais que vivem bem em relações abertas, coisa que para mim acredito que não serviria, já acho que aceitaria o poliamor, eu disse acho, ou, se manter desta forma e procurar subterfúgios psicológicos para amenizar esta culpa, saída usada por muitos homens quando propõe distinções sutis entre fidelidade e lealdade ou ainda diferenças drásticas entre mentira e omissão, sem contar ainda a velha e batida frase: ” O que os olhos não veem o coração não sente”.

É meus queridos e queridas, o combinado não sai caro, então antes de começar que tal um bom papo sobre certas fraquezas ou vontades?

Viu, e dizem ainda por aí que eu não sou psicólogo!

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