E há quem diga que eu não seja psicólogo, vocês acreditam?
Pois é, nem eu.
Desejos e fantasias sexuais, e quem não os tem?
Há quem ainda se sinta angustiado e culpado por tais desejos, pervertidos, ou até se sentem envergonhados.
Estranho ouvir isso? Mas é assim que Anderson se sente quando a cabeça de baixo pensa pela de cima e ele sai em busca do sexo por sexo desenfreadamente e das mais loucas fantasias, após terminar, aquela sensação de culpa, vazio, nojo. Sim algumas pessoas se sentem assim.
Segundo alguns profissionais os gays acabaram se tornando verdadeiros receptáculos das projeções sociais de uma vida livre e sem compromisso afetivo, deixo claro que não concordo, mesmo não sendo um… psicólogo.
Dizem ainda que em consequência da visibilidade social alcançada nos últimos anos e da exposição, sobretudo pela mídia do seu estilo de vida hedonista (é uma doutrina, ou filosofia de vida, que defende a busca por prazer como finalidade da vida humana) passaram a carregar a fantasia da liberdade a que todos aspiram. Será que são todos assim?
Prestem atenção no fim desta última frase, “FANTASIA da liberdade a que todos aspiram”.
Fantasia é quem pensa que é um mundo cor-de-rosa ou aquele belo arco-íris, as pessoas esquecem que gays ou não, somos todos seres humanos.
Mas voltando às fantasias e desejos sexuais, como disse, quem não as tem?
E porque não se permitir viver isso de uma forma saudável e livre com seu companheiro (a) ou com um parceiro escolhido e que de comum acordo os dois queiram as mesmas coisas? Por que não?
Vivemos em uma sociedade em que existe sim a estimulação da sexualidade livre e que ao mesmo tempo estabelece padrões de normalidade e aceitabilidade fortemente contaminada de uma falsa moral.
Alguns caem num padrão compulsivo e cego onde o sexo e suas fantasias são o escape, pois, de certa forma dizem que não existe vida afetiva no mundo gay, e ao se atirarem nestes padrões satisfazem a sua ansiedade momentânea e logo caem no poço da culpa e vergonha do que foi feito, isso é muito comum no início, não conseguem enxergar as coisas de uma forma distinta e fazem disso prazer, caindo neste padrão se veem impossibilitados de viver a sua sexualidade agregada a sua afetividade.
Pois estão enganados os que pensam assim.
Quem escolhe a opção de não se envolver e apenas ter sexo por sexo não pode e nem deve usar como desculpa o chavão que relacionamentos gays não duram ou não existem, são coisas distintas que podem ou não estarem juntas, como qualquer SER HUMANO, mas quando estão, é muito bom, muito gratificante para ambas as partes.
A escolha do que se quer é meramente sua.
O que se precisa é aprender a diferença do que se julga saudável ou não, isso analisando as suas próprias necessidades sexuais com bases nas necessidades reais da sua vida e não em expectativas expressas pelos outros.
Ou seja, cabe a cada um, a escolha, de viver loucamente seus desejos sexuais com um e outro, mas pelo amor de Deus, usem camisinha, ou unir os seus desejos e fantasias a alguém que vai ser seu parceiro, com camisinha ou a PEP.
Não devemos nos culpar por ter desejos, por mais hipócrita que seja a sociedade, já vi e ouvi coisas que pensei que fosse morrer sem ouvir ou ver, mas o que é de gosto, é regalo da vida, supostos desejos sexuais que não imaginei existirem, mas, desejo é desejo e se é vontade da pessoa ou, das pessoas, que seja realizada desde que não prejudique ninguém, volto a dizer:
O combinado não sai caro.
Agora para quem usa o desejo sexual como um escape, pare e pense, ache uma forma de unir o afetivo ao sexual, com certeza você vai passar a ver desejos e fantasias de uma forma nova e leve e depois de realizados não se sentirá culpado ou envergonhado.
Ah! Aos que já estão dizendo que isso não existe, existe sim, muitas pessoas que usam o sexo como fuga e depois da gozada se culpam, se envergonham, se acham um lixo.
Vamos procurar julgar menos e entender mais. Somos todos iguais, temos nossas diferenças sim, mas somos iguais com nossos medos, anseios, expectativas, insegurança, ansiedade enfim, somos uma grande caixa de pandora. Já se passaram anos e Anderson diz que ainda prefere estar no sexo por sexo. Escolhas e ele é feliz assim.
Viu, e dizem ainda por aí que eu não sou psicólogo!
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