O exercício de escrever, me mostra ao longo do tempo muitas coisas minhas que nem mesmo eu conhecia, escritas diferentes, interessantes, eróticas, tristes, alegres, saudosas, sofridas, infantis, irônicas e hilárias, de tudo um pouco, tem até algumas viagens que pergunto-me: LOUCO OU SANTO???
Entender não é a questão mais importante quando se lê determinados texto, senti-lo sim é importante e onde isso vai te levar? Não sei, mas também não me interessa, é uma viagem, SÓ SUA!
Para alguns podem ser apenas um amontoado de palavras inúteis, para outros uma divertida leitura de alguns devaneios, e há ainda quem vai vir discutir comigo o assunto.
Enfim, “Diário de um louco”
A VARANDA QUE EU CASEI
Sabe, o dia foi tranquilo, mas o meio da tarde acabou com toda esta tranquilidade, foi “ u ó” como diria meu amigo carioca Badrama. Depois que passou todo o furacão me senti esgotado, chupado diria, sem força para mais nada.
Fui até a janela e ao abrir soprava um vento fresco, agradável, fixei os olhos nas nuvens que se movimentam anunciando chuva e ai sim que percebi onde eu estava.
Era uma varanda toda de madeira coberta com telhas, as madeiras são escuras e tratadas, e que vista, desta varanda onde eu estava deitado em uma rede enorme de algodão cru via se uma linda mata , um morro e algumas nuvens, o vento fresco soprava e eu ali balançando,balançando… peraí, isso já foi cena de um sonho meu, meu casamento com M.Anthony.
Do meu lado esquerdo tem uma mesinha de mosaico com um jarro também de mosaico, formam um belo par, abaixo dela dois cestos , um grande e um médio amontoados com flores secas.
Um tapete de crochê fica logo a minha frente, de onde estou ainda tem um bom espaço até o fim da varanda, mas ali tem uma réstia de sol que que as nuvens ainda não cobriram. Ah, tem um cachorro, e o cachorro, está aqui, deitado atrás de mim. Sim é um labrador creme, sabe daquele te olha com ar de coitado? É assim que ele está me olhando.
O vento sopra, sopra a rede, que balança só com o vento.
Do meu lado direito tem um banco de madeira daqueles antigos com almofadas quadradinhas em tons de vinho e verde, eu odeio vinho, tire estas almofadas daqui.
Do lado do banco…o que tem ali que não consigo ver? Ah, depois eu digo.
Acima do banco a parede é toda branca e tem um bom espaço, existem pratos com pinturas em azul, adoro este tipo de porcelana, eles são diferentes, um de cada país.
Um de cada país? Mas quem me trouxe se eu só fui até o Paraguay?
Ah deve ser presente da Mahara, da Nina, do Luiz, da Kaká, do Guto, mas no fundo tem ar de Belandira, a cara dela estes pratos.
Oooolha, eu não tinha visto uma porta ao lado do banco, tem uma sala enorme lá, e lá está com as pernas cruzadas numa poltrona…
Opa, o telefone tocou, preciso atender.
Política de Privacidade.