Um brinde aos ecologistas, ambientalistas, naturalistas, defensores das árvores, bosques e florestas, ao Greenpeace e a todas as ONGs que lutam pela preservação do verde.
Quanto mais verde, mais matas urbanas e bosques, mais trilhas e locais onde podemos ter encontros absurdos e nos satisfazer sexualmente. Hehehehe…
É isso mesmo. E não seja hipócrita, você sabe bem do que estou falando: que cidade não tem os seus moitéis?
Claro que, nos grandes centros, são bosques com nomes de políticos, artistas e tal, mas as funções sempre serão as mesmas: encontros proibidos, satisfação sexual e, claro, preservação do verde! Viva Marina Silva.
Eu sei que parece loucura, mas, quando bate aquela vontade de fazer sexo, já viu, né? E sim, isso é coisa de homem. Vou me limitar a dizer homem porque, no fundo, tem de tudo, até aqueles que se dizem héteros.
Hétero: Pessoa que sente atração sexual ou amorosa por pessoas do sexo oposto.
Homossexual, viado, bichinha, frozô – porque é assim que nos denominam: Pessoa que sente atração sexual e/ou amorosa por pessoas do mesmo sexo.
Então, você se diz hétero e vai para as trilhas transar com outros homens? Talvez precisemos revisar a língua portuguesa… ou a falta de coragem de algumas pessoas. Porque, vou te dizer, tem que ser muito homem para se assumir gay, ou seja lá qual for a outra condição em que você se encaixe. Mas não vamos militar agora.
Fui levar minha prima ao cinema, larguei a guria no shopping e fiquei de voltar depois de duas horas, o tempo do filme. No caminho de volta, bateu aquela sensação. Desviei o caminho e fui ao… bom, não vou citar o local, mas vocês sabem. Fui ao lugar onde, à noite ou até durante o dia, quem está por lá sabe bem o que quer.
Dando uma volta, um carro preto emparelhou com o meu. Parei, ele baixou o vidro, me cumprimentou, estacionou um pouco mais à frente, e eu parei logo atrás.
Descemos, nos apresentamos. O cara era muito bonito: dentes perfeitos, boca bem desenhada, pele clara. Mas, para sexo, nome não importa.
Fiz uma loucura que nunca tinha feito: entrei com ele no bosque, quase às 22h.
Ele já veio me agarrando, me beijando. Era nítido que a necessidade dele estava bem maior – ou mais atrasada – do que a minha.
Nossas mãos percorriam os corpos por toda parte: pelos que escorriam entre os dedos, pele quente, suor… uma loucura. Minha adrenalina estava a mil por estar ali, naquela escuridão.
Fomos tirando a camisa um do outro e, quando percebi, estávamos só de calças, com os corpos colados: tórax contra tórax, pelos e pele.
Ele colocou a mão por dentro da minha calça e “me pegou”. Eu estava enrijecido, pulsando como um touro bravo prestes a ser solto em rodeio. Não demorou muito para me deixar só de cueca e, com força – ou necessidade –, arrancou ela também.
Naquele momento, medos e receios não tinham mais espaço. Era só tesão e necessidade, aquela loucura do sexo pelo sexo que acontecia entre nós dois, nus e colados. Eu podia sentir o calor do corpo dele. Ele era pouca coisa mais baixo que eu, o que facilitava estar colado atrás dele. Os movimentos dele, controlados, intensos, me deixavam à beira de urrar. Segurei aquele corpo cheio de pelos dourados por baixo dos braços, imobilizando-o, enquanto ele movimentava o quadril.
O gozo chegou. Foi tudo muito rápido – aliás, como deve ser o sexo pelo sexo. Quando dei por mim, já estava me vestindo.
Não vou negar: foi muito bom. Diferente. Acho até que poderia rolar outras vezes. Mas, no sexo pelo sexo, existem algumas regras, e não trocar número de telefone é uma delas. Porém, quando a coisa é boa, essa regra acaba sendo quebrada.
Saí dali e, só então, me dei conta do tempo que havia passado. Já estava quase na hora de voltar ao shopping para buscar a guria. No caminho, ria sozinho, pensando na hipótese de ter cruzado com formigas, aranhas, cobras, ou sei lá o quê.
É como diz um amigo meu: quando a cabeça de baixo pensa, ela ignora a de cima.
Passaram-se algumas semanas. Um dia, fui a um barzinho com um amigo para encontrar outros amigos dele. E, então, fui apresentado a quem?
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