As pessoas vão e vêm, são todas mais uma. Uns atentos ao andar rápido, outros ao simples carinho da pessoa que está ao lado. Alguns, alucinados com as vitrines; há aqueles que desfilam sem plateia, mas que se bastam por si só. Outros têm os olhos atentos, como se procurassem alguém. Um deles olha no relógio, procura de novo no meio de todo mundo, buscando alguém que nem sabe quem é.
Assim se vão os dias: o vai e vem do ser humano, das pessoas — homens, mulheres e crianças.
Há quem nem saiba por que está ali, talvez atraído por um simples acessório de outra pessoa. Há quem queira impressionar e faça charme com os óculos, com um olhar ou até com um simples gesto nos cabelos. E há quem olhe e volte para ver se foi notado. Rsrsrs… Também tem aqueles que, ao se perceberem notados, chegam a murchar a barriga, endireitam a postura e até fazem a “egípcia”.
Nesse meio, há quem, de longe, troque olhares, faça um leve sinal e siga na mesma direção, com a certeza de que ninguém está vendo… e talvez seja para um encontro secreto.
Tem aquela pessoa toda feliz, que acabou de sair do banho, com o cabelo meio úmido e cheirosa. Ela passeia como uma criança, sorri para todo mundo, e sua felicidade é tamanha que precisa ser expressada. Brinca até com os filhos de outras pessoas. E, claro, em contraste, há o mau humor: aquele que veste cores escuras, com a cara carrancuda. Se alguém à frente anda devagar, faz cara feia e até xinga baixinho.
E há ainda quem sente no mezanino do café, peça um suco de laranja e fique observando tudo isso.
Há de tudo.
Política de Privacidade.