Ei, você.
Sua ausência me mata aos poucos.
Lembro de teus olhos olhando os meus, e não os tenho aqui agora.
São momentos póstumos de que sinto muita falta.
Não são palavras inverídicas.
É uma pequena definição da falta que você me faz.
Isso pode ser apenas fases que teremos que passar,
E que darão continuidade ao amor que sentimos.
São coisas da vida, eu sei.
Mas esta solidão que a sua não-presença me causa
Tira meu chão.
A terra árida que aqui tinha sumiu.
E, por um instante, não sei se as perdas e danos são reais ou só sonhos, simples sonhos.
In natura, posso “ofrecerte” meus dias iguais.
Pois basta-me a certeza de que está comigo
Para que possa, com um pincel, expor retratos de uma paixão.
Uma obra que pode até ser caprichos da vida, mas com certeza são segredos de um coração.
Em um dia de abril, você se disse livre.
Eu senti a alma lavada, você era só meu.
Entre antíteses e sínteses, criou-se uma cumplicidade única.
Metáforas passionais? Não sei.
Sei que, em um gesto corpóreo, em comunhão com você,
Me torno poético, e, antes que o dia amanheça,
Com a boca que tanto deseja, eu te digo quinze vezes
Que a mim não é “amistad”, é AMOR.
Depois da chuva, com os olhos para o meu presente,
Minha única escolha são as meninas dos olhos que ficam frente a frente.
Assim sou eu, iluminado em branco e preto para VOCÊ.
TE AMO.
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