#NOMEUCONSULTÓRIO 29 – VOCÊ RETOMARIA ALGO QUE ENTERROU NO PASSADO?

 

 

 

 

E há quem diga que eu não seja psicólogo, vocês acreditam?
Pois é, nem eu.

Psiu… Salum, vem cá!

Pare, deixe-me olhar nos teus olhos, são verdes. Sabe o que me fizeram lembrar? De um passado meu.

Enquanto olho dentro dos teus olhos, vejo apenas o que consigo imaginar. Ando meio vagando por aí, em algumas lembranças que não sei se queria ter.

Ando vago em pensamentos e sonhos… Olha, pensando bem, em atitudes drásticas também.

Nado nas profundezas, pois, quando conseguimos mergulhar dentro do nosso eu, é ele quem me traz do fundo.

Aí sim fico livre, deixo que os sentimentos me levem, sem rumo, sem destino, sem hora para chegar, aliás, sem compromisso.

Mas e aqueles olhos verdes?
Ah, aqueles olhos verdes me levam, e eu deixo que me levem, me levem ao que, um dia, quem sabe, eu possa realizar.

Mas, nisso tudo, brotam sentimentos que não tenho mais o controle, muitos outros sentimentos brotam. Esse é um tempo que não quero deixar passar. Entre um e outro suspiro, a ansiedade me mata, me maltrata… Ah, a saudade.
Inimagináveis vontades de fazer mil coisas, calorosas, xavecar com você para sempre.

Queria ainda deslizar por cada linha não tatuada no teu corpo e, entre beijos, abraços e carinhos, eu até deixava o tempo ir. Por mim? Que ele fosse além do que se possa controlar ou sentir, rumo às conquistas que possam nos levar à felicidade.

Aliás, a única razão de se viver. Ah, me deixe olhar nos teus olhos… São verdes.

E o que me faz voltar no tempo e, dentro dos olhos verdes do Salum, eu enxergar outra pessoa? Você acredita em coisas mal resolvidas? Nem eu, até certa vez em que eu voltei ao tempo para resolver.

E se eu te contar que ainda não resolvi?
Pois é, aí eu pergunto: é verdade aquilo que dizem sobre águas passadas? Eu acredito que elas ainda movem moinhos, sim.

Eu, que sempre disse que o que passou, passou, hoje não sei se diria isso com tanta certeza. Falta de opção? Comodismo? Não sei, mas ao reencontrar Ana, uma namorada de quando eu tinha 19 anos, ela disse que a filha dela perguntou por que a gente não tinha se casado, e ela respondeu: “Se a gente tivesse casado, vocês (minha filha e a dela, que são amigas) não teriam nascido. Será?”

E aí, como é voltar à namorada de 34 anos atrás, onde tudo era descoberta, e voltar dentro dos teus olhos verdes, que há pouco tempo me enfeitiçaram, e pelo jeito ainda me enfeitiçam?

É, acho que águas passadas podem, sim, mover moinhos.

Se isso vai resultar em algo positivo ou negativo, eu não sei. Aliás, eu só tenho certeza do que eu não quero, e com certeza eu não quero ter os “ses” no meu passado. Se eu tivesse dito isso, se eu tivesse feito isso, se eu tivesse ido atrás, se eu tivesse me declarado… Enfim, uma infinidade de “ses”.

Deixe-me olhar nos teus olhos, são verdes. Como as esmeraldas, sobre as quais muito já escrevi.

Como o mar, que nos dá aquela imensa sensação de liberdade, ou como símbolo de uma esperança.

Deixe-me olhar nos teus olhos, são verdes, e as águas que já passaram podem passar de novo e podem ou não mover moinhos.

Miguel é assim: vagueia, divaga, viaja, mas é uma boa pessoa. E quando ele chega assim, falante, eu apenas ouço e não me atrevo a dizer… nada!

Viu? E dizem ainda por aí que eu não sou psicólogo!

 

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