E há quem diga que eu não seja psicólogo. Vocês acreditam?

Pois é, nem eu.

Eu já vivi muita coisa real, mas talvez este meu jeito torto de ser e de estar sempre com um largo sorriso no rosto não deixe transparecer as minhas mágoas e as minhas tristezas.

Eu já transei com muita gente e talvez este meu jeito sociável de ser até deixe passar despercebido a quantidade que isso aconteceu. Mas não se enganem, muitas foram boas, mas muitas foram péssimas.

Eu já passei muitas noites sem dormir, mas talvez este lance de estar sempre pensando positivo eu nem deixei parecer que várias noites passei em claro ou em lágrimas. Eu já me arrependi de muita coisa que fiz, sim, mas aquela boa e velha frase: “SÓ ME ARREPENDO DO QUE NÃO FAÇO” pode ter feito você acreditar que tudo que vivi foi perfeito e maravilhoso, sem arrependimento algum.

Eu já guardei mágoa de muitas pessoas, mas aquela reação de tudo estar bom e ser aprendizado deixa parecer que sou assim mesmo, evoluído, e não guardo mágoas nem fico chateado com nada. Eu já escrevi muitos textos bem pesados, e que vocês nunca leram e não sei se lerão. Mas esta coisa de postar com frequência e de parecer que tudo eu vivi, alguns de vocês até se espantam com alguns dos conteúdos e algumas fotos.

Os fragmentos que vamos juntando com o tempo que vamos vivendo dão muito conteúdo, alguns bem verídicos, outros apenas testes ou armadilhas para o que pensam, ou pensamos. Eu falei em coisas reais, em transar, em noites sem dormir, em arrependimento, em mágoas, em textos, em fragmentos, mas o que você quer saber é com quem transei. Eu sei que estou certo e tenho pensado muito em colocar tudo isso no papel, com detalhes ou não, com nomes verídicos ou apenas apelidos. Mas daí, que fragmentos vão ter essas pessoas?

Será que vai sobrar algum, ou quem dizia ser ativo vai ser descoberto como passivo? Ou o hetero vai ser descoberto gay ou bissexual? E pior, o fiel, este sim sem fragmento algum, tem ainda aquele que dizia que nunca o faria comigo e fez, mais de uma vez, e o outro que era “só amigo”.

Não sei se sobrarão fragmentos, personalidades ou verdades, mas foda-se, eu estarei aliviado e muitos vão passar e dizer: “Ali, viado!” Assim entra, diz e sai Michel, sem deixar eu nem sequer dizer bom dia ou perguntar se vai contar algo meu. Sim, ele tem histórias minhas também.

Viu? E dizem ainda por aí que eu não sou psicólogo!