E há quem diga que eu não seja psicólogo. Vocês acreditam?
Pois é, nem eu.
E o amor que eu sinto pelo meu amigo?
Álvaro está em um momento de descobertas e questionamentos e, claro, como todos nós, existem muitos “porquês” que ele quer ter uma resposta com ponto final: o amor de um amigo.
Este talvez, depois dos filhos e de pai e mãe, seja o mais sincero dos amores. Mas não estou falando de amigos do Facebook. O Facebook banalizou a palavra “amigo”. Mas explico, pois não quero que nenhum dos meus amigos do Facebook se sinta ofendido. Afinal, o Facebook me trouxe amizades muito sinceras e verdadeiras. Algumas que se tornaram reais e persistem desde o antigo Orkut; outras ainda não são reais, mas, na vida virtual, ainda se encontra gente sincera, gente de caráter e verdadeiros amigos. Como também se encontra muita coisa falsa, gente truqueira, golpistas e muitas, mas muitas “grandes mentiras”. Estes, coitados, a farsa é tão grande que eles mesmos acreditam na mentira que criam e nem têm mais vida ou, pior, nem sabem quem são.
Mas deixemos as farsas de lado, que isso é assunto para outro texto, e voltemos aos amigos.
Sabe que eu sempre quis namorar um amigo? Sim, verdade. Pois eu penso assim: o amigo sabe bem quem e como a gente é. Com o amigo, a gente não tem meias palavras nem faz nada para agradar. Então, tem tudo para dar certo.
Mas ainda não namorei nenhum amigo. E, como já disse, os meus ex nunca querem ser amigos, rsrsrsrsrs… E nunca terminei brigado. Ou já?
Perguntei a Álvaro se ele se sentia atraído por algum amigo e, claro, eu já sabia a resposta: sim.
Ele me disse que tem um amigo que é como se fosse um irmão, que entre eles não há segredos nem cobranças, mas que nunca rolou nada, nem selinho. Mas que ele, às vezes, se via imaginando coisas.
Perguntei se ele se excitava com isso.
Disse que, no início, não, mas que agora sim.
Fiquei olhando ele e imaginando.
Se eu fiquei me imaginando com algum amigo?
Sim, já fiz isso várias vezes. Já me excitei com isso e até gozei. Assumo. Mas tenho receio de estragar a amizade e, por isso, acho que nunca me permiti algo com alguns amigos.
Teve uns que, ao nos conhecermos, vimos de cara que só ia rolar amizade mesmo. Já com outros, às vezes, olhares se cruzam. Mas não vejo problema em ter um relacionamento com um amigo, se o desejo for mútuo e tiverem maturidade para isso. Qual o problema?
Sim, eu sei que muitos vão ser contra o que digo e penso, mas, mesmo assim, defendo esta ideia. Afinal, sou o que sou e tenho certeza de quem sou e como sou.
Amor entre amigos é uma coisa divina. E eu digo que divino seria se duas pessoas que já são amigos e se conhecem tanto conseguissem um relacionamento amoroso e sexual. Seria perfeito. Mas não se esqueçam de que, acima de tudo, tem que existir uma maturidade imensa de ambas as partes. Maturidade para saber que correm o risco de não dar certo como um casal, e isso não pode afetar a amizade.
Não me venham dizer que isso não existe.
Para o amor, não existe cartilha. Então, quando falamos de amor, do ser humano, de relacionamento, podem até ter estatísticas, mas… tudo é possível.
E o amor que eu sinto pelo meu amigo?
Se, além desse amor, há atração sexual e desejo, se atira, se declara e vai viver isso da forma mais intensa e linda possível.
Permita-se, pois o segundo passado não existe mais.
Viu? E dizem ainda por aí que eu não sou psicólogo!
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