Apesar de ser bem desbocado e de sexualizar quase tudo (ou melhor, tudo), e quem convive comigo sabe como é, há alguns assuntos que eu assumo que escapo pela tangente. E os meus fetiches são um deles.
Sim, já me perguntaram quais são, e eu sempre dou um jeito de escapar. Mas tenho pensado muito sobre isso, e o meu tempo está a cada dia mais curto, então, resolvi falar mais sobre isso e fazer também, doa a quem doer. (Olha aí a primeira dica.)
Existe uma pessoa que, sempre que estou solteiro, a gente sai, e aqui entre nós, que ele não me leia, ele é INCRIVEL, em todos os sentidos. Isso já tem anos. Eu e ele, estando solteiros, acabamos juntos. E a coisa é tão boa que não é só sexo. Aliás, nunca foi. Tem jantinha juntos, tem filme, tem horas de conversa sobre tudo. Parece até casamento. Quem? Ah, quem me conhece sabe que não conto com quem saio. Não é o mineirinho que diz que quem come quieto come mais de uma vez?
Enfim, ontem perguntei para ele se ele tinha algum fetiche. Tínhamos combinado de nos ver, jantar, ver filme, papear, transar e dormir juntos.
Ele disse que nunca pensou nisso, e eu já retruquei: “Ah, mas você deve ter as suas vontades.” E, de imediato, ele perguntou quais eram os meus. De novo, a pergunta sendo feita para mim. Mas daí pensei que estava na hora de começar a me soltar e respondi: “A noite te digo.”
Na hora combinada, fui para a casa dele, desta vez com uma mochila e algumas… coisinhas.
Ele me recebeu de roupão branco. Que delícia aquele urso de roupão branco! Aquilo me excitou muito, e a coisa começou ali mesmo. Ele sugeriu subir, e eu, de imediato, disse, tirando a roupa: “Não, sempre é na horizontal. Quero aproveitar isso tudo na vertical.” E a coisa rolou ali mesmo, entre sofá, mesa e escada. No meio disso tudo, ele perguntou: “E os seus fetiches? Quero saber quais são.”
Nesse momento, ele estava de costas para mim, segurou meus braços na posição de abraçá-lo, e ficamos ali encaixados.
Eu respondi: “Existe um que não é com toda pessoa que ele desperta, mas com você tenho essa curiosidade.”
“Qual?”, ele perguntou.
“Homem de calcinha.”
Vão me julgar? Vão. E eu quero que se foda, pois estou a cada dia mais sem paciência com gente hipócrita. Se isso me excita, é coisa só minha e de quem está comigo.
E cuidado com os comentários, pois tem muito cara que já usou calcinha estando comigo. Aliás, é algo que me excita sim, e a brincadeira se torna muito mais interessante.
Bom, mas vocês querem saber o que ele disse, né? Ele deu aquela risada única e disse: “Acho que não consigo usar, hein.” Eu disse: “Tá tudo bem. Cada fetiche é único, e o legal é quando os dois curtem.” Chegamos a comentar que existem pessoas que, mesmo não curtindo fazer, realizam o fetiche do parceiro.
Será que é legal? Você não estar tendo prazer, mas satisfazendo o outro? Daí lembrei de um ex meu que dizia que “me dar prazer dava o maior tesão pra ele”. Então, que seja feita a vontade de cada um.
Sobre o “doa a quem doer”, sim, eu tenho um puta tesão em proporcionar dor. Sentir, jamais. Mas proporcionar… E é bom não me dar carta branca, pois você pode sair bem machucado, roxo e, sim, às vezes até sangrando.
Ah, o que tinha na mochila? Bom, lá tinham gravatas, um dildo e um cordão de bolinhas de silicone.
O que usamos? O que fizemos? Ah, isso fica para outro texto.
A jantinha? O filme? Dormir de conchinha? Rolou sim. E você quais são os seus fetiches, me conta.
Em tempo, O que é Fetiche? Fetiche é um substantivo masculino com origem no termo fétiche, do idioma francês e pode significar um objeto enfeitiçado ou um comportamento, parte do corpo ou objeto que desperta excitação sexual. Nem todo fetiche é sexualizado, a reação que ele causa sim, por exemplo: conheço uma pessoa que tem fetiche que o esposo dela se vista de Mickey, isso causa tesão nela, é por ai.
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