CHUVA QUE BANHA

 

 

Corre o menino.
Corre nos verdes campos da alegria.
Corre com toda a sua euforia.
Se banha na chuva mais pura,
Onde lava sua alma infantil.
Alma ainda tão leve,
Tão solta e inocente.

Alma que cresce,
Floresce,
Entristece.

E que um dia, alma arrependida,
Vem se banhar nesta mesma chuva,
Para que a água pura
Te deixe de novo leve,
Te deixe de novo solta.

Inocente, jamais.
Mas com cicatrizes de uma vida dura,
Que hoje, imatura, pede o seu perdão.

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