AMOR = CICLO MENSTRUAL

 

 

Parece doido, né? A quem vai dizer: “Só podia ser coisa do Salum.” Mas vamos às comparações?

Depois que saímos de um relacionamento, passamos por um tempo de adaptações, de transformações; de certa forma, estamos tentando retomar a vida, voltar pra “pista”, como dizem. Mas isso requer tempo e algumas adaptações. Assim se inicia, no ciclo menstrual, o início do óvulo: ele está lá, se preparando, se formando para poder… “estar na pista” — ou no útero.

Aí chega um momento em que a gente está pronto para amar de novo. O coração já cicatrizou, ou pelo menos não sangra mais. Não ficamos cuidando qual foi o último horário que a pessoa viu o WhatsApp, não olhamos mais Facebook nem Instagram. Nesse ponto, nem aquele frio na barriga existe mais. Aí você está pronto para amar de novo e ser amado, e “se joga na pista”. E, da mesma forma, lá está o óvulo: lindo, brilhante, radiante, esperando a sua metade para poder seguir. Andei me sentindo um óvulo há alguns dias atrás, hahahahahaha…

Quando estamos assim, temos mais luz, sorrimos mais, estamos mais abertos a conhecer novas pessoas, nos pré-dispondo a baixar algumas guardas e deixar as coisas acontecerem.

O tempo vai passando, passando, passando, e você já está naquele estágio do “sorriso botóx” — sim, aquele que você nem sorri mais, mas as pessoas acham que você está sorrindo. E, nessas horas, você vê como está difícil encontrar alguém que tenha atitude, que queira um relacionamento sério, e sente na pele o que seus amigos solteiros falavam: “Estar solteiro hoje é complicado, as pessoas só querem diversão e sexo!” E realmente está.

E assim está o óvulo, esperando; na verdade, ele nem sabe o que mais está esperando. Neste meio tempo, aparecem algumas pessoas interessantes, outras nem tanto, aparece o sexo por sexo, mas, nesta altura, você já está cansado disso. Depois do sexo, você quer companhia, quer conversar, dormir junto, acordar e dar bom dia. E o tempo vai passando.

Do nada, quando menos se espera, quando já está desistindo e se colocando na prateleira de “PROMOÇÃO” — aliás, nesta altura… até “PRASMOCINHAS”, rsrsrsrs —, nesse ponto, aparece um ser, do nada, que, como todos, quer conversar, quer teu WhatsApp, e por aí se vai.

Esta parte da cartilha todos nós conhecemos, mas as coisas vão se tornando diferentes, vão fluindo e chegam ao ponto de você discutir pelo telefone, coisa séria, e depois que desliga, pensa: “Mas eu nem conheço esse cara e tô discutindo com ele como se vivêssemos há anos juntos! Que isso? Um absurdo.”

Aí você para, pensa, pensa e chega à conclusão de que aí tem algo a mais, pois, depois disso, poderiam simplesmente sumir, mas não; estão ali, dando bom dia, se falando, dando boa noite. Enfim, a coisa flui de uma tal maneira que você se atira de cabeça para ver o que vai dar. E sabe o que acontece? Isso mesmo. Acontece!

Acontece de uma forma que você não imaginava. Você mobiliza amigos, você diminui distâncias, você muda as estações e o que você encontra? O AMOR? Ah, vamos falar de amor, sim; afinal, é tão bom quando estamos com alguém e o coração bate na garganta. As mãos percorrem o corpo todo como se quisessem deixar claro: “É MEU!!!” As bocas procuram uma a outra o tempo todo, e isso não importa o lugar em que estamos. O abraço se torna algo como respirar; é impossível ficar sem!

E assim, aquele coração que estava pronto para receber alguém… recebeu! Alguém que viu a oportunidade de amar e ser amado e que não deixou passar, não ficou enrolando e adiando, não ficou preso a “se” ou a “quando”, prendeu-se unicamente a uma coisa: A SENTIR, A VIVER, A IR, A EXPERIMENTAR E A DECIDIR.

E, desta forma, fica o óvulo esperando milhões de espermatozoides que estão chegando. E, como já dizia minha avó, “BOI LERDO BEBE ÁGUA SUJA”; ou seja, se por algum motivo você, espermatozoide lerdo, deixou de ir à frente por medo, por agendas cheias, por compromissos ou até por não saber o que queria… sinto muito, mas agora eu, óvulo, já tenho o que faltava. Fica pra próxima, se houver próxima.

Na verdade, todos entenderam o que eu quis dizer. Às vezes, perdemos oportunidades por medo, por estarmos muito presos à razão, por temor, medo de nos machucar, por falta de atitude mesmo. E, se isso acontecer, só tem uma coisa que você não pode fazer: reclamar. Afinal, você teve a sua chance e não aproveitou porque não quis — sim, porque não quis, pois o óvulo estava ali, à sua frente, e você nem sabia o que fazer? Aí aparece alguém com atitude, com disposição e muuuuuito afim de ser feliz, e, claro, se atirou de cabeça. Afinal, um coração querendo doar amor hoje em dia não tá fácil não!

Então é isso! Seja óvulo com espermatozoide, seja coração com coração, seja homem com mulher ou homem com homem, ah… ou mulher com mulher, seja branco com preto ou arroz com feijão, seja Polyana, Barbie ou Susi. O importante é não deixar as oportunidades passarem. Nós nunca saberemos se elas vão acontecer de novo e, a partir do momento que adiamos o nosso hoje, vamos morrer com os “ses” que vão nos atormentar por uma vida toda.

“se” eu tivesse tentado? E “se” eu tivesse ido atrás? E “se” eu tivesse ligado? E “se” eu tivesse dito?

Por estas e outras, vivo com os meus “tentei”“fui”“liguei”“disse”… e tô aqui, provando de tudo isso e tentando ser feliz de novo com alguém. Por quanto tempo? Não sei; só sei que a felicidade eterna não existe. Existem, sim, momentos felizes, e hoje estou fazendo de tudo para ter vários momentos felizes durante boa parte do dia e que esses momentos durem por anos e anos, e anos, e anos, e anos…

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