Num campo novo, corri
Como um menino, me vi.
O capim verde passeava pelas minhas mãos,
Um vento leve acaricia meu rosto.
Menino puro,
De sentimentos transparentes,
Criança que acredita
Em verdades, confiança, pureza e presentes.
O campo verde se torna amarelado,
O menino se foi.
Sou o moço, de sorriso arreganhado,
No auge de seus hormônios.
Tudo é muito intenso,
Muito forte,
Muito rápido e imenso.
Amizade, paixão, amor, ciúmes, traição, desilusão, conclusão.
Vive o amor com sua maior intensidade,
Mas também com a mais forte dor.
Nesta fase, criam-se cicatrizes
Que serão a lição de casa.
O capim amarelado se vai,
Agora o capim é dourado,
Dourado como o ouro,
Ouro que reluz.
E, ao invés do moço,
Sou o homem,
Homem que seduz.
Uma rocha que não vê mais leveza nas coisas.
Sou como o ouro: Tenho brilho, beleza, esplendor,
Mas sou duro, frio e posso ser um terror.
Não acredito mais em sentimentos puros, transparências e promessas.
Minha frieza pode machucar, machucar até quem não quero.
Minha solidez pode ser sua dor.
Sou hoje um homem… frio e sólido.
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