Quando penso em você, meus olhos brilham; sorrisos escapam, frouxos e sinceros. Te olhar nos olhos me faz voltar no tempo: recordar, pensar, analisar, tentar lembrar e até questionar os porquês disso ou daquilo… Mas vale a pena estar com você?
Quando você diz que comigo pode se abrir, confessar e até chorar, me sinto tão cheio, tão pleno, que volto a pensar: onde foi que errei? Será que foram tão vagos os teus pedidos que eu não entendi, ou será que me armei com medo de me machucar?
Ah, se o tempo voltasse… Mas não volta. E tem como corrigir o que foi feito errado? Tem como ouvir o que não foi ouvido e entender de uma forma certa? Ah, acho que não.
O tempo passou, e, sempre que você me conta coisas minhas que nem eu mesmo sei direito, me espanto e vejo o quanto o seu amor é puro, sincero, claro — talvez um pouco medroso de ser mais explícito, mais “na cara dura” —, mas é amor que acompanha, que cuida, que grava datas, acontecimentos, cheiros e beijos… Ah, o dia do beijo.
Não gosto quando você, de frente a mim, diz que é só isso. Não gosto quando não acredita em você mesmo, mas me derreto quando solta do nada aquela gargalhada sincera, alta, escancarada. Sorrio junto, pensando o quanto você é feliz e não sabe; sorrio pensando o quanto de coisas boas você tem aí dentro deste coração menino, mas que não sei por que hoje está rude, armado.
Chego a me perguntar se sou eu o culpado dele estar assim, e, se for, me desculpe. Eu nunca quis te deixar assim — rude, agressivo, armado contra o que sinto.
Mas no final, com os olhos vermelhos (rsrsrsrs…) e dizendo que é alergia, eu sorrio com você, pois conseguimos, em mais de uma hora, colocar os pingos nos “is”, nos “as”, nos “os” e nos “us”… E os “ex”, por enquanto, deixamos sem por pingos, sem acertos ou erros. Deixemos eles ali, num cantinho guardado, preservado — quem sabe esperando o frio passar para ele esquentar de novo.
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