#NOMEUCONSULTORIO 48 – ATENDI O SALUM HOJE

 

 

E há quem diga que eu não seja psicólogo. Vocês acreditam?
Pois é… Nem eu.

Sim, algumas pessoas me perguntaram se eu não ia atendê-lo. Pois entrei em contato, e aqui está ele, sentado à minha frente — diria que “jogado”. Me olhou bem nos olhos e disse: “Sou todo ouvidos.”
Confesso que gelei. Afinal, não sou eu o paciente… Ou sou?

Salum… Poderia dizer que é uma quimera. Lembrei disso porque falei em quimeras hoje. Se me pedissem para defini-lo com palavras, diria: quimera, psicodélico, queer, eclético… insuportável, talvez. Em uma frase que ele mesmo usa muito: “Quem se define, se limita.” Diria, então… sem limites.
Mas aos críticos de plantão, deixo bem claro: mesmo uma pessoa sem limites tem ética e bom senso. Ah, e bom senso é único de cada um. Para quem entendeu, uma salva de palmas!

Falar do Salum não é fácil. Teria uma vida para falar dele. Alguns vão se perguntar por que estou escrevendo na terceira pessoa; outros vão dizer que me conhecem muito bem; outros, que sou um personagem. Há ainda quem diga que sou propaganda enganosa, ou até uma grande mentira — um escritor, um psicólogo sem diploma… Enfim, só por esses exemplos, já confirmei o que escrevi lá acima. Talvez eu realmente seja… indecifrável. E, claro, insuportável.

Não pensem que eu não goste desses adjetivos. Gosto, sim. Mas, já que vamos falar de mim, vou abordar um assunto que tenho pensado muito. Tenho minhas conclusões sobre ele e, como sempre digo, as minhas verdades são minhas. Não obrigo ninguém a ter a mesma opinião que eu ou a pensar como eu. Cada um com as suas verdades.

Que diferença uma pessoa faz no mundo?
Parece uma pergunta fácil, né? Mas pare tudo o que estiver fazendo e tente responder. Você vai ver que, quanto mais tentar, mais coisas virão à sua mente. Sim, essa é a diferença… infinita.

Quando olhamos para dentro de nós, nos perguntamos sempre se somos capazes. Capazes de quê? Eu sei que sou capaz de coisas horríveis, mas isso não quer dizer que vá executá-las. Vontade? Às vezes até dá. Tem quem as mereça? Sim, mas não vou gastar meu réu primário com essas pessoas.

Até onde podemos ir?
Heroísmo?
Grandezas?
O que realmente podemos fazer?
Qual nosso propósito? Se é que ele existe.
E o acaso?

Quer mesmo saber o que eu penso?
Como eu penso?

Tenho errado muito na vida. Alguns erros, inconscientes; outros, totalmente conscientes. Mas tenho pago por isso. Sim, não pensem que todos os nossos erros vão se acumulando feito contas. Alguns, o acerto é feito aqui ainda, em vida. Outros… Se prepare, porque o acerto chega.

Mas tenho muitos acertos também. E colhi muita coisa boa deles. Tanto um quanto o outro nos trazem aprendizado e amadurecimento. Os erros ainda acumulam dores e cicatrizes.
Assim vou vivendo, tentando acertar, mas errando muito.

Toda ação nossa — geralmente feita em benefício próprio — causa um impacto. E essa ação pode até parecer nem ter importância num primeiro momento. Mas cada ato praticado, seja bom ou ruim, produz um efeito, principalmente nas pessoas ao nosso redor. Às vezes, nem percebemos.

As nossas escolhas refletem no mundo. Parece grande demais, né? Mas não é. Tudo faz parte de uma cadeia. São como atos de bondade: é como se alguém derrubasse o primeiro dominó daquela trilha gigantesca, e um vai derrubando outro, outro, outro e outro. E essas ações, sejam boas ou ruins, vão chegar a pessoas que nunca vimos, que nem sabemos da existência.

Quase nunca testemunharemos isso. Mas tenha uma certeza: elas acontecem.

Para se imaginar, é como se o mundo fosse uma infinita trilha desses dominós. Estamos interligados — nós e nossas ações — a outras pessoas e às suas ações, e automaticamente às consequências que elas trazem.

Para não perdermos o fio da meada: Salum se perguntava que diferença ele faz no mundo. Não que ele não queira mais viver, se achando insignificante — aliás, isso é o que ele não se acha, mesmo. Mas ele quer entender. E tem entendido. E isso o tem feito mudar em muitas coisas.

O ano de 2016, para mim, foi uma grande surpresa. Digamos que foi uma caixa de marimbondos.
Sim, eu tive muita culpa, e por isso recebi essa caixa. Mas, depois de aberta, depois das picadas, vem o pensar, o analisar e o aprender — para nunca mais recebê-la.

Essa caixa gerou grandes mudanças. Algumas, eu nem sei ainda explicar ou falar delas; outras, já estão bem visíveis às pessoas mais próximas.

Depois disso, em 2023, foi outro ano de iniciar grandes mudanças. Não recebi uma caixa de marimbondos, mas resolvi abrir uma e liberar os meus. Foi iniciada uma limpeza, e eu anunciei ela. E muita — mas muita — gente não acreditou. E elas estão acontecendo.

Eu, particularmente, notei uma diferença depois desses dois picos: 2016 e 2023. Diferença nos textos, na forma de escrever, de talvez… como me expressar. Percebi que estou bem mais reservado. Sim, sempre fui muito expansivo. Minha ansiedade, apesar de ser tranquila, está totalmente mudada. Percebi que mudei alguns gostos, valores, preferências — principalmente nos meus atos. Já fui mais de me explicar; hoje… foda-se.

Deixei de ser bobo. De fazer de conta que não vi, não ouvi. Não que as pessoas me fizessem de bobo — eu mesmo me fazia, para fazer o social. Hoje, não tem mais isso. Foda-se o social e alguns tipos de pessoas.

Tô cuidando mais do espírito. Porque, quando a gente vê, já chegou a hora de partir. E aí, vamos nos perguntar: “O que eu fiz?” E eu preciso ter uma lista bem longa… e de coisas boas.

Sim, eu sei que tem gente lendo e esperando chegar o parágrafo em que eu vou falar dos meus sentimentos e relacionamentos.
O que tem eles?
Eles estão bem… obrigado.

Não vou falar disso — pelo menos não neste texto. Mas posso afirmar que coisas bem diferentes têm acontecido. Algumas com que me surpreendi — e não foram pequenas as surpresas. Outras, que não esperava acontecer. Percebi que tenho me permitido mais, tenho sido mais leve e livre comigo mesmo. Talvez sejam coisas de um novo Salum. Sim, eu sei que muitos não acreditam, mas… foda-se também. HAHAHAHA…

Eu não estou aqui para viver para você, você ou você. Tenho que viver para mim. Então, as coisas têm que ser do jeito que eu quero, como eu quero. E quem gostar, que fique junto; quem não gostar… Adeus. Sim, acabou o social.

Não vou mais deixar de escrever por ninguém — a não ser pelos meus filhos. Não vou mais mudar a forma de escrever. Não vou escrever na terceira pessoa porque o indivíduo imagina que eu esteja vivendo aquilo. Não vou deixar de interagir com quem me lê, com quem comenta. Vou, sim, mandar beijo com coração.

Acho que isso tudo me trouxe uma autonomia que nem eu mesmo sabia que não tinha.

Me decepcionei com pessoas que convivem comigo, mas faço de conta que nada aconteceu. Devo ter decepcionado alguém também.

Tenho lido mais do que muitos anos atrás. E foi de tudo: de texto de psicólogo a leis tributárias, passando por contos eróticos e poemas. Aliás, os poemas… de um grande amigo escritor que… não vou citar o nome aqui, mas ele sabe que é ele. Acho até engraçado ele me enviar os textos dele para eu ler antes de publicar, como se eu fosse um papa da escrita. Mas me sinto lisonjeado. Mal sabe ele que amo o jeito como ele escreve. Ops… agora vai saber. Aliás… amá-lo também não seria difícil.

OPA… tô passando dos limites.

Enfim, antes de você fazer qualquer coisa, nunca se esqueça: esse ato seu vai gerar uma energia, e ela dará continuidade a outra, e outra, e outra, de igual sintonia. Então, pense. Às vezes, contar até dez ajuda a evitar emanar uma energia ruim, que vai, sim, percorrer um longo caminho e vai, sim, prejudicar muita gente — inclusive você.

Se eu só penso coisas boas? Ou só faço coisas boas? Claro que não. Colhi muito espinho, e não foi por plantar rosas. Não, eu sou tão falho que vocês nem fazem ideia. Mas tenho tentado, diariamente, me policiar. Pensar mil vezes antes de falar, responder ou agir. Engolir sapos pode até parecer ruim, mas lá no fim tem o seu lado bom — tem o sabor do bem feito. Mas assumo que, em algumas situações, não tô engolindo não. Tô com o foda-se bem ligado e eliminando gente e coisa ruim.

Preste atenção no que você serve ao outro. Se você não servisse, ele estaria ao seu lado? Essa é a pergunta. Porque é assim que a grande maioria das pessoas é: elas te querem enquanto é vantagem ter você por perto.

Viu? E ainda dizem por aí que eu não sou psicólogo!

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