A LUA COMO TESTEMUNHA

Era noite de lua cheia, e não sei nem se acredito se isso interfere no comportamento das pessoas, mas que me excita me excita ver ela lá em cima toda nua, redonda aberta para mim.

Olhando ela, minha cabeça já começou com mil pensamentos. Liguei para o Beto e disse que estava extremamente excitado e queria vê-lo naquele instante. Ele disse que não dava, que tinha gente na casa dele, familiares.

Eu disse que queria transar com ele e que só a lua fosse testemunha. Isso o excitou. Ele já se animou e perguntou como faríamos.

Eu não poderia trazer ele em casa por outros motivos que agora não vem ao caso. Disse a ele que passaria na frente da casa dele de carro e que ele me seguisse. Foi o que aconteceu.

Me afastei um pouco da cidade e fui em direção ao um clube que tem nos arredores. Os portões estão sempre abertos e lá tem dois campos de futebol que ficam afastados da sede.

Fui direto a este lugar. Quando paramos, saímos loucos dos carros e já nos agarramos, nos beijamos, nos abraçamos como se não nos víssemos a muito tempo. Era puro tesão.

Os volumes aumentaram as bermudas. Já estávamos sem camisetas e nos agarrando, passeando nossas mãos pelo corpo um do outro, apertando, sentindo aquele cheiro de homem, beijando-nos e se lambendo feito bichos. Mas o que queríamos mesmo era sentir um ao outro num todo, e isso ia acontecendo.

Ele não se conteve e tirou minha bermuda me deixando nu. Me tratou com carinho e com muita sede ao mesmo tempo, me levando a loucura em um sexo oral que quase gozava. Mas quando ele sentia isso, parava e subia a minha boca como quem quisesse engolir minha língua.

Repetiu isso algumas vezes até que disse que queria me sentir. Não hesitei. Coloquei ele de bruços no capô do carro e ali, num ritmo calmo e sob a luz da lua, gozamos feito animal no cio, feito seres que se amam, que se querem.

Beto foi um dos primeiros homens com quem fiquei. Disse que nunca se assumiria. Daí paramos de nos ver. O tempo passou. Ele está até casado, o Beto.

Que saudades…