E há quem diga que eu não seja psicólogo. Vocês acreditam?
Pois é, nem eu.
Devia ter amado mais? Desejado mais?
Com essa confusão toda, ele se senta na poltrona azul que fica no canto e que uma vez disse odiar.
Às vezes me pergunto por que continuo “atendendo” Miguel.
Lá vem confusão e questionamento.
Quando eu acho que estou me permitindo, acontece algo que me faz dar milhões de passos para trás. Continuo falando com o Chico, se é que te interessa.
Miguel, amar não tem medidas. Aliás, nada que vem do coração tem medidas. Impossível medir o que se sente.
Você sempre amou, sempre desejou, já se machucou, levantou e seguiu — às vezes mais cauteloso, às vezes desenfreado, mas sempre intenso.
Quanto ao Chico… Que bom! Se ele está te fazendo bem, se joga.
Está sim. Estou me sentindo mais leve, até mais confiante. Não que eu não tenha confiança em mim, mas mais confiante no ser humano.
Acredito no que ele diz; acho que é bem sincero.
Miguel, acredite que você pode ser feliz, que você merece ser feliz e que tem muita gente por aí procurando a mesma coisa. Muita gente que sabe esperar, que tem pressa, sim, mas prefere qualidade a quantidade.
Se te faz bem, vai! Se envolva, fale mais de você e ouça.
Ah, mas ele é bem quieto, quase monossilábico.
Migueeeeel, olha o pré-julgamento!
Já parou para pensar que ele pode ser tímido?
TÍMIDO???????????
Ah, não sei não… Acho ele bem saidinho em algumas fotos.
Hahahahaha… Tirar fotos e postar é uma coisa; conversar com a pessoa por quem se está interessado é outra.
Sim, e às vezes nos bloqueamos quando estamos de frente com algo — ou com quem — desejamos.
E você? O que deseja?
Permita-se, deseje, ame, acredite! Vai lá, veja como são as coisas, quem é quem, como é… Enfim, não deixe as oportunidades passarem.
Elas podem sim acontecer duas vezes na vida da gente, mas, na atual situação, o que te impede?
Às vezes as coisas podem não acontecer no tempo que queremos, na hora e no dia que desejamos, mas alimente esse desejo. Regue-o como se fosse uma planta, pois só assim vocês vão conseguir colher frutos.
Tanto tempo se passou, e o sentimento está aí, esperando ser vivido. Não me parece coisa vaga ou alguma brincadeira. Essa história tem o quê? Um ano?
Então, viva! Acredite, deixe-se levar pelas emoções. Isso é tão bom, tão leve… Acredite e faça-se acreditar. Diga o que sente, como sente. Diga o que quer. O que pode acontecer?
Vocês se amarrarem? Se apaixonarem? Casarem? E daí?
Afinal, não é isso o que estão procurando?
E se você for realmente o que ele quer para ele, e ele for o que você procura?
Então, se for um desejo da dupla, me chama para padrinho do casamento. Hahahahaha…
Miguel, nem sempre o jogo acaba aos 45 do segundo tempo, mas… se você pode pôr um fim nele nesse tempo, por que não?
Viu? E dizem ainda por aí que eu não sou psicólogo!
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