E há quem diga que eu não seja psicólogo, vocês acreditam?
Pois é, nem eu.
Por que a infidelidade feminina se torna um assunto polêmico quando a masculina é quase um tributo ao pênis?
Não estou aqui para falar dos motivos desta infidelidade, mesmo porque quem sou eu para querer entender ou julgar o motivo ao qual uma mulher faz isso?
Até porque muitos homens também fazem e não são julgados.
Estou aqui para falar da forma astuta de como Stela, a minha paciente/amiga de hoje, caça.
Sim, ela é uma verdadeira Diana, Deusa da caça da Mitologia Grega, e para felicidade de alguns e infelicidade de outros, nós, é, nós que estamos nos “enta”, sabemos dos prazeres que estas caças nos dão, e como as presas são fáceis. Ops… não estou subestimando as pessoas de 20 ou 30 e poucos, de forma alguma, que no caso são as caças; aliás, são caças que nos fazem muito bem, pois a jovialidade destas caças e a falta de experiência (isso não é crítica, afinal a vida e o tempo ensinam), bom, estas, digamos que “falta de números na certidão de nascimento” faz com que as “caças” nos tratem de uma forma única, com muita atenção, dengos e mimos, coisas que as pessoas da mesma idade dos caçadores e caçadoras já não praticam muito.
Diana me procurou para contar da sua infidelidade, e não querendo usar isso como desculpa, o casamento dela, nas minhas palavras, está uma bosta.
Ouvi duas histórias dela, e não posso negar que me vejo e vejo outras pessoas nestas histórias, e não sejamos hipócritas, nós caçadores como Diana sabemos bem como é este jogo de estar na hora e lugar certo, de mirar a caça e fazer de contas que não vimos, de circular, de se expor e de aí, quando a caça chega bem perto, POWWW, o bote é certeiro.
Ah, estou falando sobre o ato de caçar, afinal a infidelidade dela não é problema nosso.
Diana é perfeita, ela pensa em tudo, se ela diz que vai a uma exposição, ela não mente, ela transforma uma galeria no seu campo de caça, não age como umas e outras pessoas que dizem que vão ali e nunca passam nem perto do lugar.
Enfim, é revigorante o ato da caça, nos dá uma energia extra de viver, quem o faz sabe do que estou dizendo, dos prazeres que nos proporciona, dos riscos que corremos, da adrenalina e da satisfação depois de devorada a presa.
Os prazeres de se ser um caçador ou caçadora são deliciosos, é adrenalina que percorre o corpo, é autoestima que infla, é o poder doce da sedução, não podemos negar, mas como em toda e qualquer caçada, não sabemos quais as armas da nossa presa, nem que artimanhas ela pode usar para se defender.
Mas, mais perigoso que a nossa presa, é a nossa própria arma, o “amor próprio” que temos e que nos dá a segurança de que a caçada será apenas uma noite ou horas de sexo.
O que não podemos nunca esquecer é que podemos ser traídos pelos nossos próprios sentimentos, que o digam algumas pessoas que, sem saber, tiveram um rápido “sexo por sexo” e, pior, se deixaram levar pela traição do seu amor próprio e se apaixonaram, ao ponto de dispensar outras presas interessantíssimas que um dia atrás seriam devoradas pelo seu apetite sexual.
Ah, tão dóceis, amáveis, sinceros, doces e aveludados se pode dizer, são os sentimentos, e tão traiçoeiros quanto a mais venenosa serpente também. Com sentimentos não se brinca, já diziam, sejam eles de qualquer que for a sua forma, sejam eles destinados a quem for, homens ou mulheres, não sabemos quando e nem como eles nos apunhalarão, e quando o fazem, o golpe é fatal, não tem volta, você se envolve, você cega, a sua vida vira de cabeça para baixo, você não tem mais limites, não tem mais medo e muito menos precaução ou razão, tudo gira em torno de um coração.
É, esta é a pior caçada, quando nem percebemos e de caçadores passamos à presa sem notar, e quando isso acontece ficamos de frente com as armadilhas, ficamos cara a cara com o caçador ou a caçadora e não vemos o perigo que corremos.
Diana ou você, todo cuidado é pouco, tudo tem seu preço, até as mais deliciosas, ousadas e excitantes caçadas.
Se de caçador já passei a presa? Já, mas isso é outra história!
Viu, e dizem ainda por aí que eu não sou psicólogo!
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