Eu vinha pensando… Gosto de viajar sozinho por isso.
Sou eu comigo mesmo — ow, e não é fácil me aguentar!
Logo que saio, ainda estou preso ao que se passou no dia.
Mas algo na estrada me distrai: um carro velho que vai cheio de gente.
Ali deve estar mais quentinho que aqui; pelo menos, tem calor humano…
Passo e só vejo cada vez menos suas luzes pelo retrovisor.
A noite já caiu e está linda.
O céu está limpo, perfeito, cheio de estrelas — e com certeza vai gear.
Na noite passada, aqui foi o local mais frio do estado: fez quatro graus.
Para mim, uma delícia, pois adoro frio.
Mas tem gente que amanheceu pragueando o frio que nem chegou… hahaha!
Um lobinho passa na frente, ao longe.
Só se vê seu vulto e o brilho dos seus olhos quando olha direto para o farol.
Mais à frente, um casal de corujas come algum bicho que está morto na estrada.
Mais alguns carros, e já entro na BR-163.
Aí a coisa fica mais séria: é local de caminhões que levam grãos ao porto de Paranaguá e a São Paulo.
Aumenta o movimento de carros; os animais já são bem mais raros.
Caminhões vão e vêm, e os “barbeiros” também.
Como tem gente imprudente!
Tive que sair ao acostamento para o “Sr. Apressado” poder fazer sua ultrapassagem.
Chegando nas vilas, parei para comprar um cabideiro — sim, daqueles para pendurar roupas que estão sendo usadas ou vão ser usadas.
Aproveito para especular o que tem na lojinha: tem de tudo em artesanato em madeira.
Ah… o cabideiro não é para mim; a IK que encomendou — apartamento novo.
Mas é… o bom é o novo ou o velho?
Chegando em Nova Alvorada, a imagem é bonita de se ver: a grande indústria funcionando e deixando, na linda noite, o reflexo da fumaça no contraste das luzes com a serração.
Mas eu disse “a imagem”, porque é pura poluição.
Ufa… De Nova Alvorada já é pertinho, e o frio também diminuiu.
Anhanduí e suas barraquinhas de doces, pimentas, queijos e artesanato.
Agora tem até uns macacos em tamanho original: sentados, com cachos de banana, com filhotes…
Será que alguém compra isso?
Uma amiga minha sempre fala que quer levar um para colocar sentado num tronco na entrada da fazenda…
Quanta bagunça isso pode gerar! Quantas histórias imaginárias que, daqui a uns 50 anos, vão dizer:
“Há muitos anos, lá na fazenda da D. Bortolotto, tinha um gorila que ficava sentado num tronco de vigia da fazenda.”
Capaz de dizerem até que comia gente ou boi…
Com certeza, é assim que surgem as mais absurdas histórias que ouvimos de nossos pais, avós, bisavós, tataravós…
Faço aquela curva que dá direto num posto.
Tô chegando… Ooooooooooooo, tô chegandoooooooooooooooooooooo!!!!
No caminho, a entrada ali no redondão onde tem o “aprendiz” — mas não é o aprendiz do Roberto Justus; é o aprendiz da Maçonaria.
Ali, curva à direita e vai se embora.
Como bom aquariano, já aviso alguém que cheguei.
Já ligo para a Giu — não atende.
Eduardo: já combinamos o que fazer amanhã e depois.
Mary: tudo combinado também…
Marcia Abrão não atende, nem Kolling… Dormindo??? Duvido… hehehehehe.
Direto ao Walmart. Tô louco de fome! O que me resta? Giraffas — é de fuder! Mas mata a fome… hehehehe.
Hmmmmmmmmmmmm… Melhor parar por aqui mesmo, porque já são 01:23.
Acabei de sair do banho: cheirosinho, limpinho e… hmmmmmm… deixa pra lá.
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