UM GURI E UNS DIAS ATRÁS

 

 

Estou lendo COMO O MUNDO VIROU GAY? De André Fischer e, ao mesmo tempo que me divirto em ver como existem pessoas que realmente respeitam o ser humano como ele é, vejo também como existem os tais “simpatizantes falsos”, que são até não perderem seu homem para o mundo gay, como é o caso de algumas mulheres.

O livro trata o assunto de uma forma muito séria e divertida ao mesmo tempo, em forma de crônicas; lá tem de tudo, até dicionário, masss parabéns ao André. Lendo uma das crônicas dele, lembrei de uma situação pela qual passei uns dias atrás.

Era uma sexta-feira e estava em casa de bode, mas resolvi sair, sozinho mesmo, e fui a um barzinho; para meu azar ou sorte, não sei, no bar não estava quase ninguém da minha “turma”, mas tinham alguns conhecidos que, entre uma passada e outra, os cumprimentava e tal, mas sabe aquela noite em que você não vê ninguém interessante ou nem está a fim de ver?

Enfim, quando deu 5 da manhã, o dia clareando, resolvi ir embora e já era um dos últimos clientes; saí e, caminhando em direção ao carro, vi que havia um guri saindo também, mas nada me chamou a atenção. Quando dei ré e alinhei o carro para sair, parei janela com janela; ele olhou e disse: Oi.

Eu respondi com um: Bom dia.
Ele perguntou onde eu estava e disse: Ali no bar.
Ele: Como não te vi?
E eu: Porque sou invisível, você não notou?

Tenho que confessar que, quando estou nos meus dias, não sou NADA simpático, mas enfim, o guri me convenceu a descer e papear, e eu já comecei a olhar para ele como um belo café da manhã.

Tarado? Sim, sou mesmo.
Como adoro estes guris que vêm para a cidade grande estudar e que papai e mamãe dão tudo… Estudante de arquitetura, 1.75 mais ou menos, pele clarinha como a lua e cabelos negros, um pouco acima do peso, o que é PERFEITO, e o melhor de tudo: PASSIVO!

Entre beijos e abraços, mãos bobas perdidas por dentro das calças, resolvi liberar o louco que habita em mim e transei com o menino ali mesmo, no capô do carro, recebendo pela manhã os raios de sol.

Beija muito bem, não posso negar, principalmente por ser “gurizinho” (não leia gurizinho como menor); o gurizinho é uma delicia. Foi tudo rápido, claro, afinal estávamos na rua, arriscando encontrar um daqueles vovôs que resolve fazer caminhada de madrugada, mas valeu; foi o “café da manhã” mais rápido que tomei, mas divinamente delicioso.

Com certeza ele me mentiu, pois voltei várias vezes ao bar e ele nunca mais estava lá; acho que nem era daqui o guri.

P.S. Esse texto é da época do SYS, um bar aqui de Campo Grande-MS (textos que estou repostando); em 2016, encontrei esse menino, que nem era mais um menino e que é um leitor dos meus textos até hoje, rsrsrsrsr.

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