#NOMEUCONSULTORIO 45 – VOCÊ SAI DA SUA ZONA DE CONFORTO OU SE ACOMODA E ESCORA NELA?

 

 

E há quem diga que eu não seja psicólogo. Vocês acreditam?
Pois é, nem eu.

Duas consultas geraram bastante questionamento.
Um ruivo e um moreno. É, a maldição do ruivo continua a me rondar (alguns vão entender). Podem rir, eu aguento.

  • Marcelo não se relaciona à distância: para ele, namoro tem que ser presencial, com os quereres do dia a dia. Mas ele ainda não namorou ninguém. Sim, é carne nova, e eu sempre digo que essa opinião vai mudar.

  • Samuel questiona mais do que fala de si mesmo. Mas, com aquela barba ruiva, aquele sorriso e aqueles olhos… Jura que está solteiro por falta de interessados. Maldita maldição! Ele quer saber o que o outro deseja, como deseja, mas fica parado, na sua zona de conforto.

Taí. Acredito que esses dois casos são típicos disso: não sair da zona de conforto. Sempre parece a opção mais fácil e segura.

Uma coisa precisa ficar clara: Você está solteiro porque quer mesmo ou porque não quer sair da sua zona de conforto?

Relacionamentos — sejam eles quais forem, à distância que forem, com quem for — não são fáceis.
E o povo falando em relacionamento a três… Se com dois já é difícil, imagina com três!

Acredito que o problema é que as pessoas não querem sair da zona de conforto e, assim, reprimem seus sentimentos. Prova disso é o aumento desenfreado de casos de ansiedade, solidão, depressão e outras consequências dessa repressão emocional.

Amar não é fácil. Existem inúmeras formas de amar, e a que mais admiro é aquela em que alguém sai totalmente da sua zona de conforto em prol da felicidade.

Ah, e não venham me dizer que isso não existe ou que a pessoa não pode ser feliz assim. Pode, sim! Nossa vida é feita de escolhas, e cada um arca com as suas.

Ano passado, conheci uma moça que dizia ter “coração peludo” — não sabe o que é? É aquela pessoa que não ama, não cede, não quer compromisso e muito menos sair da sua zona de conforto. Mas essa moça, hoje, completa um ano de relacionamento. Acreditem ou não… até aliança está usando. Pelo jeito, resolveu pagar o preço da tal felicidade e não se arrependeu. Parabéns pra quem deu a ela um “prestobarba”, hahahaha!

Aliás, ontem li em um lugar a tão batida frase d’O Pequeno Príncipe:
“Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas.”

Como diria a Chicotosa: “Cú de galinha quem concorda com isso!” O responsável não pode ser o outro; tem que ser você, que se sentiu cativado. É fácil jogar a responsabilidade nas costas alheias, né?

Eu não sou porra nenhuma responsável pelo que cativei. Quem eu cativei que saiba administrar isso. Cada um com suas escolhas e responsabilidades.

Voltando…

“…Eu sei que você é uma pessoa muito sexual, sei das suas opiniões sobre relacionamento a três, traição e poliamor. Sei também que, apesar de o sexo ser muito importante, você não trai porque assumiu um compromisso. Mas, se você fosse meu namorado, eu aceitaria suas aventuras sexuais, pois sei que voltaria para mim.”

Isso foi dito a uma pessoa. E, sinceramente, invejo o desprendimento de quem falou. Ela tem certeza dos seus sentimentos e é totalmente livre. Só quer viver feliz e fazer quem ama feliz também.

É complexo? É! Mas imagine amar alguém a ponto de permitir que viva seus impulsos, desejos, fantasias, conheça novas pessoas… e depois volte para os seus braços, na certeza de que ninguém é mais importante para ela do que você. Imaginou? Pois é. Imaginar até acho fácil, mas em pleno 2025, não sei se entendo ou me envolveria numa dessas. Acho bem complicado.

Quanto a eu ser um “aquariano doido e apegado” (sim, foi isso que um deles disse)… Talvez essa casa em Touro me deixe com as pontinhas dos pés no chão e não seja tão liberal quanto alguns aquarianos. Já essa Lua em Leão me preocupa — e o signo solar, claro, só poderia ser em Aquário.

Hugo Salum: Aquariano

  • Ascendente em Touro (Casa 1)

  • Signo Solar em Aquário (Casa 10)

  • Lua em Leão (Casa 4)

Não é questão de ser “apegado” quando digo que não aceito relacionamento a três. O combinado não sai caro.
Tanto não sou apegado que já tive relacionamento à distância — e quem é apegado não aguenta. Acontece que, quando gosto de alguém, não quero dividi-la (sexual ou emocionalmente) com outra pessoa. Posso?

Agora, se for um lance sentimental entre três, quatro, cinco ou seis envolvidos… acho que aceitaria na boa. Mas isso se chama poliamor, não “relacionamento aberto”. Tô falando aqui, mas na hora H não sei, não.

Acho até que ser de Aquário atrapalha, porque as pessoas presumem que não quero nada sério ou que sou totalmente livre — e que dou essa liberdade de bandeja. Não é assim. Liberdade todos temos, mas até ela (e até os aquarianos) tem limites num relacionamento.

Faz muito bem ao relacionamento quando alguém quer nos “controlar” ou pede satisfações (claro, com moderação). Tem gente que dirá que meu jeito não é moderado, mas isso é parte do afeto, do gostar, do cuidar.

Quando gosto, quando amo, cuido muito do que é meu — e tem que ser meu por inteiro, assim como sou dele, seja à distância ou não.

E isso é sair da minha zona de conforto, porque há coisas que gosto de fazer solteiro e que abro mão quando estou em um relacionamento.

Antes de reclamar que está solteiro(a) — sim, tem muita mulher que joga o mesmo jogo! —, pense: O que você está fazendo para mudar isso?

Está se abrindo a novas experiências? Disposto(a) a se arriscar, abrir mão de certas coisas, dividir outras? A sair da sua individualidade?
Se respondeu sim, isso é sair da zona de conforto.

Quanto à minha maldição… tô arriscando tudo! Hahahahaha!

Viu? E ainda dizem por aí que eu não sou psicólogo!

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