#NOMEUCONSULTORIO 44 – SALUM, CONHECI ALGUÉM E ACHO QUE ESTOU APAIXONADO, DIZ ELE SAINDO DA SALA. EU NÃO ME LEMBRO DE MICHEL TER FICADO SOLTEIRO POR MAIS QUE UM MÊS

Michel, agora com 39 anos, está solteiro e enfrenta a solidão de maneira crítica. Ele sempre foi um namorador, mesmo quando se assumia como hétero, e raramente ficava sozinho por muito tempo. Seus relacionamentos eram marcados por paixões arrebatadoras, geralmente com homens mais jovens, e ele sempre seguiu seus desejos sem medo.
No entanto, após uma grande decepção amorosa — uma traição que o abalou profundamente —, Michel entrou em um luto emocional. Ele criou uma barreira inconsciente, afastando possíveis novos amores e justificando suas recusas com desculpas. Apesar de dizer que está bem e focado em outras coisas, ele demonstra medo de se entregar novamente.
O narrador observa que Michel, antes destemido e corajoso no amor, agora parece hesitante e inseguro. Ele até tentou reatar com um antigo amor, mas sem sucesso. Apesar de tudo, há sinais de que Michel ainda deseja se abrir para alguém.
No final, quando o narrador menos espera, Michel anuncia que conheceu alguém e pode estar apaixonado, mostrando que, mesmo após a dor, há esperança de recomeçar. O texto encerra com o narrador reafirmando, com ironia, suas habilidades psicológicas.
#NOMEUCONSULTORIO 43 – E SE EU DISSESSE TODAS AS MINHAS VONTADES?

O texto narra o encontro do autor (um ouvinte, não psicólogo) com Junior, um homem tímido que questiona se é normal guardar desejos secretos. A partir dessa pergunta, o autor reflete sobre a natureza complexa das vontades humanas: algumas são devaneios inofensivos que alimentam a alma; outras, se não expressas, nunca se realizam.
Ele critica a sociedade hipócrita que julga as pessoas por seus desejos — especialmente os relacionados à sexualidade — enquanto muitos vivem vidas reprimidas. Exemplifica com casos de pessoas que experimentaram relações homoafetivas sem que isso definisse sua identidade, mas que, por medo de julgamento, escondem a experiência.
O texto defende que algumas vontades devem ser vividas (com responsabilidade), outras apenas sonhadas, e que o importante é não se aprisionar ao medo dos outros. A mensagem final é um incentivo a Junior (e ao leitor) para que, dependendo do desejo, “diga, grite, realize e ligue o foda-se” — mas com discernimento, pois nem toda vontade vale a pena.
#NOMEUCONSULTORIO 42 – EU REALMENTE ME PERMITI VIVER O AMOR OU ARRUMEI DESCULPAS PARA NÃO SAIR DA MINHA ZONA DE CONFORTO?

O texto começa com o diálogo entre o narrador e Lola, uma mulher cansada de amar sem se sentir correspondida. Ela questiona se é possível ser amada de verdade quando se sente só, levando o narrador a refletir sobre os limites do amor: até onde vale a pena lutar, abrir mão de si mesmo, ou quando é hora de desistir?
Por que o amor morre?
O amor não acaba por “causas naturais”, mas por:
• Falta de cuidado (ninguém reabastece sua fonte).
• Falta de diálogo e paciência (preferem brigas a conversas).
• Orgulho, traição e desleixo (feridas que viram mágoas).
• Substituição (quando coisas ou pessoas tomam o lugar do parceiro).
• Falta de esforço (promessas não cumpridas, conflitos não resolvidos).
Amar é difícil, mas pode ser diferente
Muitos acreditam no amor, mas não estão dispostos a abrir mão de vaidades, orgulho ou comodismo. O problema não é a falta de amor, mas a falta de disposição para cultivá-lo.
A chave: “Os dispostos se atraem”
Não são os opostos que se atraem, mas aqueles que estão verdadeiramente dispostos a lutar pelo amor. Se não há entrega, o amor se esvai. O narrador então questiona Lola:
“Você foi amada, mas será que deixou esse amor chegar até você?”
Conclusão
O amor vale a pena quando há entrega genuína — sem orgulho, sem medo de vulnerabilidade. Não é sobre sofrer infinitamente, mas sobre escolher estar presente, mesmo quando é difícil. A pergunta final não é “até onde aguentar?”, mas “você está disposto a amar de verdade?”.
#NOMEUCONSULTORIO 41 – QUANDO A SUA ROCHA SE PARTE EM DUAS E VOCÊ NÃO SABE QUE PARTE SEGURAR, OU, SE DEIXA AS DUAS ROLAREM MORRO ABAIXO

O texto é uma reflexão profunda sobre vulnerabilidade, autoconhecimento e a dualidade entre força e fragilidade. O autor fala sobre cancelar “consultas” externas para se encontrar consigo mesmo, reconhecendo suas próprias inseguranças e loucuras. Ele descreve a “síndrome da casca grossa” — uma aparência de resistência que, com o tempo, se rompe, revelando a fragilidade interior.
Apesar da dificuldade em admitir fraquezas, ele ressalta que todos somos humanos, passíveis de erros e dores. Compara-se a uma rocha que, mesmo sólida, tem fendas por onde a vida penetra, até que um dia racha — e questiona como lidar com essas partes divididas de si mesmo.
Com referências à música de Mart’nália e uma declaração poética sobre amor e desejo (“Queira sempre a lua e muito mais”), o autor celebra a escrita como forma de expor emoções sem medo, mesmo na vulnerabilidade. O texto termina com uma afirmação de autenticidade: suas emoções, expostas e plenas, são a essência de quem ele é.
#NOMEUCONSULTORIO 40 – CHUVA DOURADA

O autor, com seu humor característico, discute os fetiches de Tiago, que tem medo de se relacionar com pessoas “caretas” por ter desejos considerados tabus, como:
• Homem suado (pós-treino ou trabalhador braçal)
• Chuva dourada (urina como fetiche)
• Pés, meias sociais e meias femininas
• BDSM leve (tapas, cuspe)
Tiago realizou o fetiche da chuva dourada com um ex-namorado que também tinha essa vontade. O autor defende que, desde que haja consentimento e prazer, não há motivo para julgamentos (“o mijo foi em vocês?”).
Outro fetiche que Tiago queria explorar era sexo pós-academia (com o parceiro suado), mas o relacionamento acabou antes. Ele também tentou introduzir bolinhas tailandesas (brinquedo erótico), e o parceiro, apesar de inicialmente chocado, acabou gostando — tanto que enviou foto para um amigo, sugerindo um ménage (que não aconteceu).
O texto questiona a hipocrisia em torno dos fetiches: como alguém pode achar normal um ato (como a chuva dourada) mas se assustar com um brinquedo sexual? O autor reforça que cada um tem seus desejos, e o importante é realizá-los sem culpa, desde que com consentimento.
#NOMEUCONSULTORIO 39 – SOBRE OS FETICHES DE EDUARDO

O autor brinca sobre não ser psicólogo, mas discute os fetiches de Eduardo, um urso (homem peludo e atraente), que menciona três desejos:
1. Transar com um padre – O autor acha polêmico, defendendo que padres deveriam poder se casar para ter mais vivência. Conta que já ficou com um padre sem saber inicialmente.
2. Transar com um casal heterossexual casado – O autor acha comum e sugere que muitos homens héteros usam essa dinâmica para explorar bissexualidade.
3. Atração por coroas (homens mais velhos) – O autor questiona se ele mesmo foi um fetiche de Eduardo.
No final, ele defende que fetiches são válidos se trazem prazer e provoca: “Se foi fetiche, vamos repetir – fetiches não podem ser abandonados!” Tudo com humor e sem julgamentos.
#NOMEUCONSULTORIO 38 – CRISE DE ATIVOS

Este texto humorístico e reflexivo, escrito em tom descontraído, aborda a “crise de ativos” no contexto das relações afetivas e sexuais, usando a história de Miguel como ponto de partida. Miguel, um homem solteiro há seis meses, está passando por uma fase de frustração e confusão emocional, o que o leva a comportamentos exagerados e até agressivos, como dar um soco em um saleiro e pimenteiro por representarem um “par perfeito”. Ele também faz comentários ácidos sobre casais, revelando sua inveja e desconforto com a própria solidão.
O narrador, que se identifica como psicólogo (embora brinque com a descrença das pessoas sobre sua profissão), reflete sobre as responsabilidades e pressões que os “ativos” enfrentam nas relações, desde a iniciativa sexual até a culpa por um possível insucesso na intimidade. Ele também comenta sobre a falta de ativos no mercado afetivo e sugere que isso pode estar relacionado ao peso das expectativas e ao desgaste emocional que esse papel acarreta.
A história de Miguel serve como um exemplo de como a solidão e a transição para uma nova fase da vida podem ser confusas e dolorosas, especialmente quando se está cercado por casais aparentemente felizes. O texto termina com uma mensagem esperançosa, sugerindo que, assim como uva passa, essa crise também vai passar, e Miguel (e outros na mesma situação) encontrarão seu caminho, sem precisar agredir simbolicamente os pares que encontra pela frente.
O tom leve e irônico do texto mistura humor com uma análise social sobre relacionamentos, papéis de gênero e as complexidades da vida afetiva moderna.
#NOMEUCONSULTORIO 37 – QUANDO VOCÊ GOSTA E SENTE ATRAÇÃO POR UM AMIGO E NÃO SABE O QUE FAZER

O texto aborda a complexidade de sentimentos amorosos e atração sexual entre amigos, explorando as dúvidas e questionamentos que surgem quando esses sentimentos se desenvolvem. O autor reflete sobre a possibilidade de namorar um amigo, destacando que a amizade já estabelece uma base de sinceridade e compreensão mútua, o que poderia ser benéfico para um relacionamento amoroso. Ele compartilha sua própria experiência de já ter se imaginado em situações íntimas com amigos, mas reconhece o receio de arriscar a amizade.
O autor também menciona a história de Álvaro, que sente atração por um amigo próximo, e questiona se essa atração poderia evoluir para algo mais. Ele defende a ideia de que, com maturidade e consentimento mútuo, um relacionamento amoroso e sexual entre amigos pode ser algo positivo e até mesmo “divino”. No entanto, ressalta a importância de ambos estarem preparados para a possibilidade de o relacionamento não dar certo, sem que isso afete a amizade.
Por fim, o autor encoraja as pessoas a se permitirem viver intensamente seus sentimentos, sem medo de arriscar, pois o tempo é precioso e as oportunidades podem não se repetir. Ele encerra com uma provocação humorística, questionando aqueles que duvidam de suas habilidades como psicólogo.
#NOMEUCONSULTORIO 36 – QUANDO UM EX APARECE E NA SUA CARA DIZ QUE VOCÊ NÃO FOI ESQUECIDO

O texto narra a experiência de ouvir de um ex-companheiro que se declara ainda sentir muito por ele. O ex expressa que nunca o esqueceu, que ainda o observa e pensa nele, mas não toma nenhuma atitude concreta para reatar o relacionamento. Ele questiona como alguém pode nutrir tanto sentimento e, ainda assim, não fazer nada para mudar a situação.
O autor reflete sobre a complexidade do amor, questionando se é possível amar alguém à distância, sem tocar ou sentir o outro fisicamente. Ele também pondera sobre a possibilidade de reatar com um ex, desafiando a ideia de que “ex é ex” e que não há volta. Para ele, o amor é livre e pode ser tentado quantas vezes for necessário, desde que ambas as partes queiram. Ele critica a passividade do ex, que, apesar de declarar seus sentimentos, não age para reconquistá-lo.
No final, o autor conclui que o amor deve ser vivido sem medo do que os outros vão dizer, e que a felicidade deve ser perseguida ativamente, sem esperar que o tempo resolva tudo. Ele brinca com a ideia de que, apesar de sua opiniao, ele também se vê envolvido em dilemas emocionais complexos, mostrando que ninguém está imune às dores e incertezas do amor.
#NOMEUCONSULTORIO 35 – HOMEM ENTRA NO CIO?

Olivie, uma pessoa que participa de intensas maratonas sexuais, questiona a normalidade de seu comportamento. O autor, também cético quanto a ser realmente um profissional da área, responde que essa busca por sexo é comum, especialmente após relações, como a de um amigo que, após um divórcio, se envolveu com 42 homens em um mês. Em uma conversa com sua terapeuta, ele se deu conta de que estava apenas seguindo seus instintos e desejos. No caso de Olivie, essas maratonas não são contínuas, mas ocorrem em dias específicos. O autor destaca que tanto homens quanto mulheres podem ter desejos intensos, lembrando que todos devem se sentir à vontade para explorar sua sexualidade sem culpa.