Acredito que em nosso DNA já vem encrustado aquela linda e velha história do “ser feliz para sempre”.
É, é assim que acho que sou.
Levei um tempinho para chegar a esta conclusão, mas enfim encontrei uma resposta.
Muitas vezes já disse a várias amigas que esta história de conto de fadas não existe, que o tempo passou e que temos que viver com a realidade, mas hoje, um belo domingo de frio, me vejo preso à TV em um filme que já vi milhões de vezes: Encontro de Amor, onde uma camareira se apaixona por um senador.
E ali, preso a cada cena, ansioso, angustiado, torcendo pela “mocinha”, torcendo para que ela pudesse realizar o grande sonho da vida dela — amar e ser amada sem diferença, mas com um príncipe encantado maravilhoso.
E a cada cena que eu já conhecia como a palma da minha mão, me vi perguntando ao universo: Mas o que eu estou fazendo aqui? Isso é só um filme, uma história bonita, onde a mocinha realiza seu conto de fadas.
E, no mesmo instante, me respondendo: Mas eu queria também viver um sonho de fadas.
É aí que venho aqui e me ponho a desabafar em linhas e letras.
Afinal, quem de nós não tem um sonho de fadas? Quem de nós não imagina uma situação, um olhar, um encontro, um beijo? Aquela pessoa que se dedica, que cuida, que se faz presente.
Quem de nós é tão insensível que não se permite sonhar com o impossível, mesmo que nunca tenhamos parado para pensar que ele pode ser possível?
É, hoje eu, que sempre me achei tão dono de mim, tão independente, tão resolvido e cheio de razão, tão maduro e seguro dos meus sentimentos, me vejo um garotinho de 12 anos olhando um filme e esperando o meu conto de fadas se realizar.
Por mais forte que sejamos, por mais resistentes e práticos, ainda somos coração. Alguns.
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