E há quem diga que eu não seja psicólogo vocês acreditam?
Pois é, nem eu.

Talvez das minhas verdades, ou das minhas mentiras.
Dos meus devaneios ou quem sabe até seja só dos meus personagens.
A grande verdade é que nós acreditamos em um amor que criamos, um amor que não existe, que projetamos na outra pessoa , um sonho encantado, e por mais que as situações vão se mostrando com o decorrer do relacionamento fingimos não enxergar que a coisa tá indo pro brejo, afinal é tão lindo o nosso amor.

É mais ”bonitinho”, passar por cima, discutir um pouco, fazer beicinho e depois as pazes e uma longa noite de amor e dengos , e aí seguimos, até a próxima diferença.
Diferença?

Diferença ou expectativa que criamos e que incrustamos em nosso companheiro ou companheira?
Ou eu perguntei se ele era assim e se queria ser assim?
Não, pois é mais bonitinho eu imaginar que sim, que o amor pode tudo e que tudo vai ser lindo.
Isso até dura, dura o tempo que a paciência chega ao limite, que a rotina vira uma constante e que pensamos: Não dá mais!

Sim pois hoje aos 52 acredito que ninguém muda, as pessoas se adaptam, assim como eu preciso me adaptar às diferenças do outro, então aquele casal lindo que tem anos de relacionamento não é lindo porque alguém mudou, eles tiveram maturidade para se adaptar às diferenças do outro.

E quando não da mais certo vemos que tudo não passou de um grande sonho, de uma grande vontade, e agora? Fazer o que com esse relacionamento? Com essa pessoa que está aqui, que dorme e acorda comigo?

Alguns psicólogos explicam que isso ocorre todos os dias com homens e mulheres héteros ou não, dizem ainda que nos apaixonamos e projetamos no outro a nossa felicidade, as nossas fantasias e as nossas expectativas, até as esperanças em relação ao amor e à vida a dois, diz que transformamos o outro em um “cabide emocional”.
E AGORA? Que a merda está feita?
Das duas uma:
Ou um pé na bunda, ou uma grande reformulação no seu eu, ou melhor, no eu de vocês.
Se desfazer de tudo isso que criamos não é fácil, é muito doloroso porque acabamos tendo que abrir mão de muito de nós, mas antes de entrar nesta não paramos para pensar nisso.
E agora? Se gosta, arregace as mangas e mãos à obra, porque quando se trata de enfrentar a si mesmo, olha que é FODA, pois esse é nosso pior inimigo, com ele não tem máscaras ou inverdades, é nu e cru, não vai ser fácil, mas vocês vão ter que aprender que a felicidade está dentro de cada um de nós, que o outro não pode e nunca será responsável pela nossa felicidade, agora você vai ter que dar fim às expectativas que projetou no outro e se virar com as suas.

O pior, ou melhor, é ver onde elas se encaixam na vida do outro, se é que SE ENCAIXAM.

Sim, pois nisso tudo você ainda pode ouvir um, Não quero mais!
Então antes de estar com alguém se pergunte muitas vezes se você vai conseguir abrir mão de muitas coisas, pergunte ao outro como ele é, do que eu gosta, de como funciona, a sinceridade naquele inicio, no “se conhecer” é a melhor coisa, pois ela vai evitar muitas surpresas.

E se depois de tudo isso vocês concordaram em dar inicio a essa jornada, tenha a consciência de que muitas outras coisas ainda vão aparecer, coisas que você vai amar e que vai odiar, mas lembre-se que vc concordou em enfrentar isso por um “ gostar de alguém”.

Deixe a covardia de lado e acredite que todos sim podem se adaptar ao outro, acredite e vá em frente, mas, se não der certo tenha  a coragem de sentar e dizer que com isso ou aquilo não vai dar certo e vc quer parar, eu sempre digo que “ o combinado não sai caro”, traição é ser desleal ao que vcs acertaram, se pergunte se o que você está pensando para vocês dois o outro quer o mesmo ou é só coisa sua, pergunte-se se realmente você vai conseguir abrir mão de muitos “eu” para ser ”nós”.

E eu não estou falando sobre namoro ou casamento, estou falando de RELAÇÕES!
Viu, e dizem ainda por aí que eu não sou psicólogo!

(((_E, quanto ao psicólogo, eu não sou, e não tenho nada contra quem é, já estou dizendo porque isso já gerou tanta confusão… com Psicólogos.)))

Quanto ao que escrevi, se sou o mestre do amor? Hahahahaha… quem dera, erro tanto, faço tanta merda, mas posso me expressar e dizer o que pensão e como penso, mesmo que não consiga colocar em prática, mas a vida vai ensinando.

Sejam bem vindos de volta!